Gastronomia

Maria Isabel, peixes e carnes nobres: Toroari tem cardápio regional, e vista para o Morro de Santo Antônio

Com vista para o Morro de Santo Antônio e para os paredões de Chapada dos Guimarães, o restaurante Toroari, primeiro rooftop de Mato Grosso, abriu as portas ao público nesta semana, no último andar do hotel Amazon Aeroporto, em Várzea Grande. Além da visão privilegiada da cidade, o Toroari homenageia os ingredientes e a culinária regional com o cardápio assinado pela chef Ariani Malouf.

O nome do restaurante também é carregado de história de Mato Grosso, já que faz alusão ao nome bororo do Morro de Santo Antônio. Na língua indígena, Toroari-Toroá significa “Morro do Gavião Branco”. A ideia foi de Ariani Malouf e empolgou os sócios do Toroari, Márcio Aguiar, que é marido da chef, e Murilo Martins, que também é responsável pela gestão do hotel Amazon Aeroporto. 

“Um belo dia a Ariani chegou em casa e perguntou o que eu achava do nome ‘Toroari’, depois que ela me falou o significado, tive mais convicção. De imediato liguei para o Murilo, marquei um almoço com ele, que estava mais afoito do que eu para descobrir esse nome, ele mal sentou e já falei: Toroari”, conta Márcio sobre o processo de nomear o empreendimento.

Murilo explica que o rooftop sempre foi um desejo, seja para que os clientes pudessem degustar os drinks do bar enquanto desfrutam da vista privilegiada ou para o tradicional happy hour de sexta-feira. 

“Cadeiras confortáveis, som ambiente, uma pegada mais final de tarde, provavelmente durante os finais de semana, por exemplo, o happy hour de sexta. Aos sábados queremos começar a fazer uma feijoada deliciosa, a partir de janeiro. Não trabalhamos com buffet, nossos pratos são feitos na hora, com muito carinho e atenção”.

Cardápio do Toroari foi assinado pela chef Ariani Malouf, que também é responsável pelo Mahalo e Buffet Leila Malouf.

No cardápio, o Toroari tem peixes tradicionais da culinária mato-grossense, como matrinxã, piraputanga, pacu e pintado, que podem ser assados na brasa. O matrinxã, por exemplo, é servido em folha de bananeira e recheado com farofa de baru, castanha nativa do cerrado. Além dos peixes, Márcio conta que o menu também tem cortes nobres de carne, como prime rib e chorizo. 

Como foi criado para homenagear a culinária mato-grossense, Maria Isabel com farofa de banana e galinhada, que pode ser servida com pequi para os apaixonados pelo fruto do cerrado, também estão presentes no restaurante. Márcio ainda ressalta que a farofa de quiabo frito também tem feito sucesso entre os clientes. 

“Sempre foi nossa ideia ter essa pegada regional. Nada melhor do que valorizar o que temos de melhor em Mato Grosso: a nossa comida regional. Prezamos muito pelos ingredientes que encontramos nos três biomas que temos aqui, Pantanal, Cerrado e Amazônia. Até a nossa decoração e o estilo de restaurante”.

Restaurante tem vista para diversos pontos da cidade, é possível ver o Morro de Santo Antônio e os paredões de Chapada dos Guimarães.

Além do cardápio regional, artistas mato-grossenses também estão presentes no Toroari através das telas que decoram o salão. No corredor que dá acesso ao restaurante, foi instalada uma tela de mais de nove metros de Ruth Albernaz, que usou a arte para eternizar as árvores de Mato Grosso. 

“É uma artista super requisitada e que desde o primeiro momento foi super receptiva, nosso agradecimento especial para Ruth e para o José Guilherme, da Galeria Arto, todos esses quadros que temos aqui estão à venda, preparados para serem embalados para que os clientes possam viajar com ele, seja transporte aéreo ou rodoviário. Temos uma reposição pronta a ser feita, é uma parceria muito importante, gosto de ressaltar que o José Guilherme desde o primeiro se colocou à disposição e se interessou bastante”. 

As referências à cultura mato-grossense não param no cardápio ou nos quadros que decoram as paredes do Toroari. As cortinas, por exemplo, foram confeccionadas por um grupo de rendeiras de Várzea Grande, enquanto a maior mesa do restaurante, que pode acomodar até 18 pessoas, foi inspirada nas curvas do rio Cuiabá.

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