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Idade não é barreira no Sesc

Aos 95 anos, Fernanda Montenegro volta às telas do cinema dando vida a história real de Dona Vitória, uma aposentada de 80 anos, moradora de Copacabana, que se tornou símbolo de coragem ao denunciar uma quadrilha. Em comum, as trajetórias de atriz e personagem nos fazem refletir como pessoas consideradas idosas podem ser protagonistas nos mais diferentes cenários de vida.

Cada vez é mais comum o público idoso buscar novas atividades não só como forma de manter a saúde física e mental, mas também para resgatar antigos sonhos. O Sesc abre espaço para estas pessoas oferecendo oportunidades em diferentes áreas, que permitem a descoberta de novos interesses e desafios.

Sr. Rubens, aos 89 anos, começou a ter aulas de violão.

É o caso de Antônio Maia Veloso, que aos 73 anos, foi o primeiro vencedor da categoria Poesia do Prêmio Sesc de Literatura. Ele concorreu na edição de 2024 junto com mais de 1,4 mil autores. Desde jovem, ele se aventura com a literatura, que considera um grande encontro. “Há muitas vidas possíveis e as pessoas, quando têm oportunidade, escolhem aquilo que, quem sabe, possa levá-las a algum encontro interessante. E não falo de bens materiais”, reflete. “A idade em si é só um detalhe. É o trabalho – de cada um nas suas áreas de atuação – que ergue valores e riquezas, especialmente as intangíveis”, explica.

Já Rubens de Campos encontrou na nova fase da vida a oportunidade de realizar um desejo antigo. Aos 89 anos, ele começou a ter aulas de violão, um sonho antigo que agora concretiza ao lado de adolescentes. “Conversamos muito, e eles me proporcionam trocas de experiências incríveis”, conta. “Nas aulas do Sesc, no Pará, tive uma grande oportunidade de me encontrar com a música. Seguir em frente não depende de qual geração você pertence e, sim, da vontade aprender. Sou muito grato aos meus professores e a essa convivência”, conta.

Pedro Telles iniciou uma rotina de caminhada aos 78 anos.

Para Pedro Telles, 78 anos, idade não é o mais relevante e, como Rubens de Campos, acha que o importante é a vontade de fazer o que se deseja. O atleta descobriu na caminhada um bom remédio para sua saúde e incorporou o hábito à sua rotina. Dia sim, dia não, ele realiza seus exercícios. O gosto pela atividade e a evolução nos treinos o levou à Maratona Internacional de Foz do Iguaçu, do Sesc Paraná. Pedro venceu os 42 quilômetros em 5h30. “Participar de uma maratona foi uma coisa muito boa. Valeu a pena”, conta.

Chance, às vezes, é tudo o que uma pessoa precisa. Após ficar viúva e depois de décadas longe dos livros, Eva Roskopf conseguiu recomeçar e descobriu o prazer de aprender com a ajuda das professoras do Sesc: “Eu achava que meu tempo já tinha passado, mas hoje percebo que nunca é tarde para a retomada da nossa vida. Se eu pudesse dar um conselho para quem tem mais idade seria: nunca desistam de seus sonhos”, finaliza.

Fonte: SESC

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